Maria

Esbelta figura

Desportista in natura,

Aborrecida figura

Na serventia aguardada.

Cabelo ondulado

bem apanhado,

salienta o colo

rejubila a formosura!

Pequena senhora,

Bela encantada,

de olhos esverdeados

meio apagados.

Diligente, nunca antes visto.

apraz-me saber,

o que tenho observado,

Na habilidade comprometer!

Do sorriso falta falar,

Bem reservado, ligeiramente mostrado

Pequeno momento a guardar,

Deleitas quem é contemplado!

Os dias que são!

Os dias que foram

Tornam a ser,

Os dias que foram

Para me perder.

No encanto do céu

Espera a aurora

De uma manhã

Esplendorosa receber.

A folha navegante perdida na água

Tão malfadada daquela ribeira.

Os dias que foram,

Voltam a ser,

Dias que foram

Para me perder…

Em parcos passos

Perdidos nos grãos

Da serra, do mar da ilusão

Os dias são apenas dias.

Guardados na memória

Destruída, de um tempo

Abnegado e cíclico

De quem ama agrilhoado!

Os dias que foram

São dias, enfim, espero

A criação do tempo sem fim…

Transformação

Não sou pessoa de citar mas desta vez abro uma excepção. Apresento primeiro o poema de outra pessoa, em seguida o rabisco que me foi permitido criar, a custo, a muito custo pois há dias que mais vale ficar quieto. Dei o meu melhor e espero ter conseguido o diálogo necessário com esta obra de arte.

Transformação

Um vulcão de tédio

saiu de mim.

Envolta fiquei

em nuvens de tédio,

em lavas de angústia,

num ponto intermédio.

Um nada me resta

do que dantes fui,

fumo que se esvai,

cinza que flui

no centro vazio

que agora sou.

(in Barreto, Ana de Lencastre S.A.;  Sobre a Raiva de Viver Escritos poéticos, FaiAlentejo)

Transformação

Transformação do sol

No almofariz, o petiz

modifica o grão.

Pisa, pisa…

A forma é condição!

De nada sou feito.

De tudo me encho.

Rebento perfeito

moldado no tempo.

Amaldiçoado pilão,

em martelo feito,

no mármore penetra

Rebenta o efeito.

De bloco a flor,

a condição, sou feito!

 

Praia de Mira e a arte de apanhar peixe

Ir à praia não é só para apanhar sol. Acompanha-me o equipamento para captar as pescarias e as gaivotas a aglomerarem-se por mais um peixe. A verdade é que esta situação deixa-me satisfeito...

Onde está o peixe?

Azafama marítima após a chegada do peixe

Quem acompanha quem?

Logos a mudar

Os últimos dias foram de construção e criação.

A trabalhar sobre logótipos.

Aproveitei para dar um melhoramento ao meu próprio. Mas um pedido especial chegou e tive de parar por momentos. A verdade é que não parei, estive sempre a desenhar, a ligar as notas e acordes com o intuito de criar harmonias, e desarmonias, que tenham significado e propósito.

No meio de tanta trapalhada tecnológica antiquada, lá fui conseguindo realizar as tarefas. Posso continuar, mas agora é fim de semana.

Se necessitarem ou quiserem podem contactar para fazer logótipos, escrever, falar, trocar ideias, fotografia, explicações, cozinha, limpezas domésticas (apenas um pouco) e mais algumas coisas, tocar flauta por exemplo.

Bom fim de semana.

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