As almas dos que ficaram
Às almas que partem ou nos deixaram.
Em ti eu dou emocionado
O abraço, o beijo sedimentado
Nas horas, nos dias, nos anos comungados.
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ADeus |
Nego a presença, sinto a falta
A cavaqueira amena tantas vezes em júbilo adotada,
Outras, a exclusão de tal arte salta
Em sentença cumpridora admoestada.
No festim ou no ocasional deparo.
A dificuldade de permitir a partida
Pelo vazio atestada da ausência ácida,
As lágrimas brotadas, límpidos olhos encharcados
De um dia, esse que não conhecemos,
Nos juntar, na liberdade, de um amor enriquecido
Daqueles que apenas conhecemos dos livros.
Onde tu és livre de ser e partir,
Ou voltares para ficar.
Nem sempre te vejo, nem sempre te sinto
E sei que aqui estás a meu lado…
Desesperado pela dor sentir,
Definho a teus pés, desconhecendo o alento
Almejas incutir,
Sempre, nos que ficam em sofrimento,
Por te ver partir…