Pensamentos de uma sociedade em extinção I

No que diz respeito aos acontecimentos mais recentes, fico por vezes sem palavras. Chamo a atenção para o facto de grande parte dos nossos dirigentes, nas diferentes áreas, agirem todos da mesma forma. Não será apenas o Primeiro Ministro, pelo qual não sinto qualquer estima, que não paga ou não se preocupa em pagar no momento em que tem dívidas. A acção tem sempre um motivo.

Se pegarmos nas analises que existem das ciências sociais sobre a acção, iremos perceber que a actuação é vocacionada para um propósito específico, neste caso de ficar bem na fotografia. Infelizmente, a maioria de nós vive para a imagem sem substância das aparências, apenas para ser aceite pelos seus pares. Não me preocupo com isso.

Como disse várias vezes, em contexto formativo, nós devemos apenas olhar para as nossas próprias acções. Se eu tenho faltas? Tenho, não sou perfeito como qualquer um de vós que lê este texto. Mas devo centrar-me nelas para poder ser melhor, ser mais do que sou hoje. Nós não devemos olhar para os outros apenas para apontar as falhas deles, devemos sim olhar para essas falhas e questionar se elas não serão ao mesmo tempo nossas, e claro, se assim o desejarmos procurar melhorar essas mesmas falhas, por nós, não pelos outros.

Se observarmos a realidade como ela é, temos de contar com o facto de vivermos um momento em que a lei tem dois pesos para quem vive sob essa mesma lei, infelizmente. Para alterarmos isso temos de ser capazes de identificar o que realmente queremos e não considerar a-criticamente tudo o que nos é apresentado. Não podemos ser fundamentalistas e temos de ser sonhadores para caminharmos um caminho diferente, se realmente queremos uma sociedade mais justa. Eu quero.

Não vale de muito fazer perdões fiscais se o que entra nos cofres do estado é uma ínfima parte do que é escondido por necessidade de apenas ter e acumular para garantir que a morte nos deixa sem nada.
Irracional, seremos nós Homens? Mais vale extinguirmos as pessoas, os povos, para ficarmos com tudo sem sermos capazes de preservar a nossa vida, ela tem um fim!

Abraços e beijos.