sábado, 30 de novembro de 2013

Voz – Ode ao Outono





Deixa-me embalar na barcaça,
Sopro dos teus encantos…
Rasgo as vestes das entranhas
Do amor espartano!
No zumbido planas meu coração!
A Voz sufoca e almeja.

És pecado, secura desértica!
Nos lombos dos póneis estende as asas
Nudez resfriada na seda,
Capa carmesim, ampara
Soltos os cabelos na brisa do movimento.

Caricias dás, galgas vales e montes,
No lusitano garanhão, um leão,
Na floresta mágica habita!
Das fadas foste cortesã.

Dos magos a irmã.

Criaturas vis, desprezaram a tua força
Cortada num corpo real voas
Alto, na esperança da partida.
Invisíveis, as copas laçam o tornozelo.
O carmesim, é o rubi do peito
No ar aberto, nas garras do abutre

As gotas caem, imaculado coração,
De castanho, vermelho pintas
Um quadro nas amarras desta vida.
Olhas a beleza fugir, desaparecer!
A verdura, outrora guardada em ti,
É desfeita no lugar onde te vi.

Apaixonado, louco, choro o amor,
A não explicação de não estar em teus braços.
Do calor, da cor, da vida.
Os Duendes buscam as sobras de ti
Para uma vez mais ressurgires
Das fadas nasceres, para os magos te possuírem…

A Voz vê a beleza parir
Nestas terras mágicas, onde és
Anjo da destruição e demónio da conservação
No ventre teu, eu vou amor
Da paixão e vã glória de te ter…
Pela Voz esperas para renascer!

terça-feira, 12 de novembro de 2013

Maximização minimalista da Vida





A minha vida

Dedico o tempo, a passar, aos demais senhores que me governam. Desgovernado vivo ao teu lado. E tu sabes bem, seja interiormente seja exteriormente, que nada me falta para viver. De Deus esperas receber a prenda inestimável, dos homens a dor e a dificuldade de víveres e seres.

A seu tempo respondes a todas as questões com as quais te deparas, sem respostas definitivas pois aprendes, a certeza nada é a não ser a circunstância específica de um determinado contexto onde decides a verdade intrínseca existente em ti. Na racionalidade nem sempre encontras a certeza e a provisão das respostas ambicionadas para prosseguires no caminho desejado. Sabes apenas, na incerteza do dia de ontem, que hoje, é o amanhã onde te realizarás e sentirás a plenitude da vida. Agora, se consideras que a incerteza te permite viver, e nela baseias as decisões onde constróis o ser e a felicidade em que desejas permanecer, ao sabor do medo encontras o modo como contestas os eventos experimentados, usufruindo de toda a tua energia para colmatares as faltas e as frustrações dos êxitos não alcançados. Neste momento, a vida, é a tua conceção de luta desenfreada por um pequeno ar límpido, o qual desejas inspirar fundo ao saíres da latrina onde te constituis o ser que experimenta a dor, o sofrimento imposto pelos demais.

Não és de facto o relaxamento mas a chama purificadora apropriada para a imaculada alteração da vida anímica de todos os que acompanham a tua jornada. No meio da multidão segues um trajeto único, tantas vezes tentado e explorado por outros que não foram capazes de se enquadrar nas assunções decalcadas das sociedades onde brotaram os seus pequenos frutos. A esses não promoves o seguidismo. A eles evocas a destreza emocional e mental para meditares pela tua cabeça e coração, escolheres sem te apegares a certezas fogazes que em prova não são validadas. És hábil na vivência, sociável e explorador. Em ti procuras a certeza usurpada na convalescença da aceitação, aprovação, de te imiscuíres no meio dos teus semelhantes. Como te tornas invisível a meus olhos quando estás com eles? O perigo da ideia boa, é provocar a desenvoltura do seu contrário quando chamas a atenção de um motivo, o tal que passa ao lado de quem se encontra no teu caminho e não capta, por estar preso a uma lei escrava, a essência do que dizes, és o que ele também é.

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Kite Surf


Foi a primeira tentativa. Não fui plenamente sucedido, mas mesmo assim consegui algumas imagens interessantes. Aqui ficam:

Kitesurf, mar, Portugal
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Kitesurf, Mar, Portugal
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Mar, Kitesurf, Portugal
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Kitesurf, mar, Portugal
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Kitesurf, mar, Portugal
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Kitesurf, mar, Portugal
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Kitesurf, mar, Portugal
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Kitesurf, mar, Portugal
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Kitesurf, mar, Portugal
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sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Encontro



De desencontros estou repleto
Da junção de nossos seres
Em harmonia encontrados,
Jamais separados.
São momentos estes,
aqueles que partilhámos.
Na vida, esperamos ficar lado a lado,
Ela obriga a partir o amor dado.

Negros os pontos da ausência
Despertada no resgate de te querer.
Aqui deixaste-me,
Na vã esperança do reencontro…
Não chores, as lágrimas vermelhas
Do coração desfeito.
Em agudos silenciados,
Cantas, bradas o nome
Belo de quem partiu…

Esqueces que és livre
De partir e ficar.
Tudo mutável e moldável
Às necessidades da tua existência.
A vida dos desencontros
São marcas para lucrares
No momento em permanência.
Ao passarem, lembra a liberdade
De ires cheia, partilhar, dar,
E o teres tido, sentido nesta vida!