sábado, 30 de novembro de 2013

Voz – Ode ao Outono





Deixa-me embalar na barcaça,
Sopro dos teus encantos…
Rasgo as vestes das entranhas
Do amor espartano!
No zumbido planas meu coração!
A Voz sufoca e almeja.

És pecado, secura desértica!
Nos lombos dos póneis estende as asas
Nudez resfriada na seda,
Capa carmesim, ampara
Soltos os cabelos na brisa do movimento.

Caricias dás, galgas vales e montes,
No lusitano garanhão, um leão,
Na floresta mágica habita!
Das fadas foste cortesã.

Dos magos a irmã.

Criaturas vis, desprezaram a tua força
Cortada num corpo real voas
Alto, na esperança da partida.
Invisíveis, as copas laçam o tornozelo.
O carmesim, é o rubi do peito
No ar aberto, nas garras do abutre

As gotas caem, imaculado coração,
De castanho, vermelho pintas
Um quadro nas amarras desta vida.
Olhas a beleza fugir, desaparecer!
A verdura, outrora guardada em ti,
É desfeita no lugar onde te vi.

Apaixonado, louco, choro o amor,
A não explicação de não estar em teus braços.
Do calor, da cor, da vida.
Os Duendes buscam as sobras de ti
Para uma vez mais ressurgires
Das fadas nasceres, para os magos te possuírem…

A Voz vê a beleza parir
Nestas terras mágicas, onde és
Anjo da destruição e demónio da conservação
No ventre teu, eu vou amor
Da paixão e vã glória de te ter…
Pela Voz esperas para renascer!

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