Os cortes aos subsídios de férias e natal foram considerados hoje como inconstitucionais. Após as primeiras reacções mais ou menos habituais, temos a garantia de que a constitucionalidade irá prevalecer assim como os cortes.
Basta para a coexistência de ambas encontrar o mecanismo correcto de forma a ser aceitável a partir da lei existente, ou encontrar forma de essa receita ser subsidiada por mais miséria de quem trabalha, impostos e taxas especiais aplicáveis sempre que é necessário.
Há dois anos por esta altura em conversa com uma amiga mencionei o corte do salário mínimo nacional. Nessa altura ainda a troica não andava por cá. Hoje essa realidade não está muito longe, ou pelo menos mais perto de nós, com tantos comentários sobre redução de salários a ser necessária para a competitividade do País. Não vejo esta situação, tal como os cortes, como inevitáveis ou de extrema necessidade para a resolução do problema do défice.
Considerando a pouca sabedoria com que somos governados, por ovelhas em vez de sábios, talvez fosse útil aplicar as medidas que até hoje são renunciadas por princípios que não ajudam ninguém, a não ser seres invisíveis que não sabem o que fazer ao dinheiro...
Em relação aos cortes, e aos salários é necessário esperar pelos próximos capítulos, fica a nota de uma tomada de posição de um poder do Estado sobre uma decisão legislativa que beneficie milhares de portugueses já de si cansados de sucessivas perdas nas suas vidas.
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