quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Ardente sufoco, que me queima e dilacera P.II



Marta finaliza as tarefas de arrumação e ordenação da vida no lar, com Joshua já sentado de frente para o computador, perdido no monitor, e no telemóvel.
“Estou cansada… queria uma massagem. As dores nas costas parecem estar a dar comigo em doida”. Marta sente a vibrar a memória de Tobias, a tocar suavemente na sua mão, a abraça-la e a beija-la com calor solar. O seu corpo, frenético tranquiliza-se e as suas partes íntimas humidificam lentamente com a lembrança. Sem fechar os olhos, quando começa a apreciar a sensação do amor perdido, do desejo reprimido, vira o seu rosto para o companheiro e questiona-lhe “Não me vens fazer companhia? Gostava de me aninhar a ti antes de irmos para a cama…”. A resposta tarda a vir para não a surpreender de todo. “Que disseste?”.
“Nada, estava a falar com os botões do comando.” A televisão em silêncio até ao momento, dispara o som estridente de um grito. Seleciona um filme e deslisa no sofá, cobre-se com a manta para não sentir o frio da sala. E automaticamente perde-se na história visionada milhares de vezes, vezes sem conta, vezes a mais para serem verdade. Cansada, pensamentos vagos mantém-na acordada ligeiramente, na esperança da companhia se agregar e facultar o calor tão desejado. Tobias mantém-se vivo na memória, no corpo, no sentimento e em tudo e todos os objetos dispostos na casa. Porquê? Esta não é a questão.
As horas passam e ambos decidem deitar-se, este é o momento esperado. Quase como um doce pedido pela criança à mãe. Marta desespera pelo carinho e sensualidade da vibração de si com o seu amado, mas com o tempo a passar por ambos, é evidente de forma visível a separação da adrenalina e ânsia mecânica tornada a única forma de exibição entre ambos do sentimento existente em seus corações. Já deitados, insinua-se sobre o amado, iniciando o ritual mais quente que ambos conhecem. Suave beijo dado na face, de sopro forte e grave nos lábios roça, a mão no rosto desenha a silhueta do outro até ao meio das pernas. Beijando velozmente e compactamente, rompendo a boca pela sua língua, sobe a mão descansando-a no peito camuflado de pelos macios. Joshua, aparentemente adormecido, acorda e imbrica-se nos beijos inflamados de sangue pulsantes no seu pénis. Com a sua mão na face de Marta, liberta a suplente para alcançar as nádegas, agarra, prende cravando os seus dedos e libertando rapidamente os mesmos para passear nelas.
O ritual iniciou, a duração é limitada. Num volte-face rodopiante, toma o lugar do controlador, deslocando a garra das nádegas para o braço fino, apertando o mesmo ciclicamente até se sentir satisfeito pela demonstração de poder e controlo, visto os beijos terem amansado e serem enfim do seu agrado. As garras, sem unhas, afagam o cabelo e o peito ilustre da maravilha tapada por cetim, em apertos desafogados o peito é superficialmente banhado por lábios e língua humedecidos da saliva partilhada. A camisa de dormir escapa fumegando o ar do quarto aquecido por corpos a exalarem hormonas, desejo e vícios efémeros. De língua espetada, dura, circula e suga a teta perfeita de argola singela de rosa desbotada com a irrigação húmida da bainha, escurece auferindo uma tonalidade rosa escura de tanto ser sugada. A garra desce até ao vaso sentindo a excitação. Deslocando-se entre ritmos suaves e bruscos, o vaso prepara-se para receber o membro enrijecido. A cavidade irradia o humor da excitação plena de Marta soltando um murmúrio “Entra dentro de mim…”.
Joshua envolve-se no meio das pernas preparando o espaço para, num único ato, aceder ao pedido remetido anteriormente. De joelhos, no meio das coxas, levanta pelos tornozelos as pernas apoiando-as nos seus ombros. Deslizando aceleradas as garras, assentam nas ancas finas de Marta estrangulando-as, robusta e suavemente. A invasão inicia, e num lento gemido, apenas um rodar de cabeça, liberta o sorriso malicioso em Joshua e o grunhido prazeroso ambicionado à tanto por Marta. Cíclica a dança de Joshua a puxar pelas ancas da companheira, revela a sofreguidão da paixão, contraída nos tempos idos e revelado apenas nestes momentos, num aperto dos músculos vaginais, eleva-se no ar perfurando fundo a concavidade escaldante e atarracada. Pleno de virilidade, tomba o seu peso na totalidade sobre a pequena destronando-a com a sua força, consecutivamente, acelerando a cada movimento, rasgando fundíssimo no vaso aquecido, os gemidos destemidos do prazer arrancados por si, compromete a sensação de plenitude de Marta. A cada nova investida já não aguenta reprimir as sensações que vibram no seu corpo, respiração irregular e ofegante, “Ahhhh,aaaaaaaaaaaaah…”; contorce o seu corpo elevando a anca no momento dos esguichos frenéticos, retidos momentos antes no companheiro, afundando a totalidade da seringa na tampa respetiva.

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